domingo, 15 de julho de 2012

As Noites da Praia de Atlântida


Atlântida nasceu com a vocação de celebrar a vida!

A Primeira construção foi o Hotel com vários itens inovadores no projeto, inclusive uma boate no seu interior, uma ideia muito avançada para a época. Estávamos no ano de 1952, logo, podemos imaginar o enorme sucesso que acontecia todas as noites. E o movimento ia até altas horas!


Para animar o verão, foi contratada a Orquestra Jazz Moinhos de Vento que durante a semana, com menos integrantes, tocavam na boate. O Hotel era o centro do convívio social e do lazer.





Depois de alguns anos, em 1955, surgiu o clube, com muita energia tomando as iniciativas de festejar os verões! Grandes nomes da MPB, se apresentaram nas festas como Roberto Carlos, Doris Monteiro, Elis Regina e a gloriosa Clara Nunes. Logo, no prédio da Usina de Atlântida que fora encampada, foi instalado o "Sambusina, uma casa de samba muito animada. Este lugar chamou a atenção dos irmãos Petry que abriram, a StereoMoto, e foi sucesso por 14 anos. 




Era ali que realizávamos o "Samba do Balaio Mole", carnaval Privé que reunia blocos com as cores vermelho, branco e preto sob o lema: "Só vem quem tem"!

  

Em seguida foram surgindo outros locais. Os redutos dos surfistas, como o famoso Bar da Adelia e a Casa Amarela com Surf Music.

O Bogart bar e restaurante, o Rock Point e o Ibiza que traziam multidões para as noites de Atlântida e que fizeram surgir uma verdadeira constelação de atrações noturnas com bares, restaurantes e outras baladas, todos no entorno do Rock Point.



Atualmente, além do movimentado centrinho e da Avenida, temos um dos maiores shows do Brasil, o Planeta Atlântida que acontece lá todos os anos e projetou o balneário nacional e internacionalmente.

domingo, 3 de junho de 2012

Praia de Atlântida - O Hotel



O Hotel foi a âncora do empreendimento, mas não sei se usavam esta palavra, "âncora", na época...
Eu, pré-adolescente, ficava atenta às novidades e detalhes, absorvia tudo. Admirava demais a arquitetura... Será que eu seria arquiteta?


Um dia, meu pai chega faceiro para o almoço... Tinha novidades!
O  Instituto dos Arquitetos do Brasil, o IAB , apoiava a realização de um concurso para o projeto do hotel, e seria oficialmente organizado pela entidade. Logo a notícia estava nos jornais e Atlântida levantava vôo.


O concurso foi muito comentado e o primeiro lugar coube à equipe comandada pelo Arq. Mauro Guedes de Oliveira, e os arquitetos: Ricardo Gomes Perrone, Cláudio Araujo e Hugo Pinheiro.
Inaugurado em 27 de dezembro de 1952, o Hotel Atlântida se destacava em todo Rio Grande do Sul pela sua arquitetura arrojada e seus serviços impecáveis.
No início, eram 20 apartamentos e 8 suítes duplas, muito disputados por
Veranistas. Chegavam a reservar de um ano para o outro.


Foi contratada uma equipe na Argentina que, além de proporcionar um atendimento 5 estrelas, treinava a mão de obra local.
Para assumir a gerência foi chamado o Sr. Luiz Welp, proprietário do
Hotel São Luiz de Porto Alegre.
Ao todo, o Hotel Atlântida tinha 20 apartamentos, 8 suítes, restaurante, salão de festas, sala de jogos, lancheria, bar e boate, que fazia muito sucesso entre os frequentadores, inclusive das praias vizinhas.








Saudades...

Abraços a todos,

Nélide C. Bertoluci
                                           

quarta-feira, 25 de abril de 2012

O Mirante - Novas informações




Amigos do Balneário de Atlântida,

Parece que algumas autoridades se sensibilizaram com o clamor que surgiu diante da demolição do BAR DO TATO (Mirante).  A juíza de Capão da Canoa, Mariléia Brum, sustou a demolição e pediu a criação de um grupo com representante dos municípios do litoral norte conforme publicação da coluna Informe Especial do jornal Zero Hora do dia 22 de março de 2012, de Tulio Milmam.

terça-feira, 20 de março de 2012

O Mirante



Meus amigos,
infelizmente hoje meu texto é triste e angustiado, por conta da noticia de que querem demolir o Bar do Tato e certamente junto vai o Bali Hai. Estes dois lugares são o coração, o centro da movimentação social da Praia de Atlântida. Tudo acontece ali e, sem estes lugares, a beira mar vai perder a identidade.
Temos de descobrir quem está à frente destas resoluções, e a quem interessa o prejuízo que vai causar ao turismo do Rio Grande doSul.
Sim, pois, no ano passado, o Ministério Público Federal voltava sua fúria contra o Natal Luz de Gramado, o maior e o melhor evento turístico do RS. Diga-se de passagem, que nada foi confirmado no caso de Gramado, só sensacionalismo barato!
Qual o motivo da demolição do Mirante? Sim, pois o Bar do Tato está embutido no Mirante que tem 60 anos e, junto com a Caixa D’Agua são os últimos remanescentes da arquitetura dos anos 50. Surgiram com o Balneário em 1952.

E a PLATAFORMA?  Também vai entrar neste rol?  Sim, pois também está no domínio da Marinha, e é o que alegam as Autoridades.  No caso de Atlântida, nada foi feito aleatoriamente, pois teve a licença da Marinha. E agora? Mudaram as regras? Não sei em que e como estas construções podem prejudicar alguma coisa.  - Será que os “tuco tucos” e as corujinhas se ressentem com o barulho? 
Sei que o prefeito de Xangri-lá pensa em tombar estas construções. Por favor Sr. Prefeito seja rápido! Do contrário só o que nos restará serão estas fotos que tenho colocado no Blog.
 
           Que triste um País sem memória...

                                       Nélide C. Bertoluci



sábado, 26 de novembro de 2011

Praia de Atlântida - A Plataforma

Plataforma de Atlântida
Praia de Atlântida - RS

1968 - Em uma conversa informal, num domingo em família, começamos a falar sobre a frequencia de pessoas na praia durante o inverno. Todos opinavam e concordavam que era muito fraca e que era necessária uma atração que entusiasmasse as pessoas e as levasse até a praia naquela estação também.

Como conseguir isso?

Compras? Um centro de artesanato, quem sabe? Uma escola de Turismo? Um Clube de Pesca Amadora?
A questão estava lançada...



Celso Bertoluci, meu marido, sugeriu um píer, ao estilo daqueles que existem na Califórnia. As mulheres, achavam mais interessante e viável o artesanato... E a Escola?.. Cada um ficou de trazer no próximo almoço respostas e ante projetos...


Plataforma de Atlântida



Um mês depois, Antônio Casaccia escolheu o mais difícil: uma plataforma marítima com clube, restaurante e tudo o mais...
Foram então contratados a equipe técnica, o eng. calculista Jaime Padoin, o eng. Floreal Salla, da Braseu Engenharia, que havia construido a ponte do Rio Guaíba, o eng. Vitor Freire Motta, do Instituto de Pesquisas Hidráulicas da UFRGS e ainda o arq. Claudio Casaccia e o eng Celso Bertoluci, que supervisionava e coordenava tudo.
Na temporada de 1969 já havia toda uma movimentação na beira mar que instigava a curiosidade das pessoas.
Para nossa sorte, tudo foi documentado em fotos (inéditas) que agora apresento para compartilhar com todos vocês e assim preservar e eternizar a memória desta praia tão bela.



segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Tarde de Autógrafos


Foi um corre-corre, um lufa-lufa, e finalmente chegou o dia de receber meus queridos amigos para a sessão de autógrafos do livro Atlântida 60 anos. Foi no dia 30 de agosto, na Associação Leopoldina Juvenil.
O espumante estava geladinho, os patês de mestre Solano uma delicia!


E assim ficamos até ás 21hs conversando e tirando fotos para recordar...
Para mim, foi muito gratificante encontrar as pessoas que conheci na Praia de Atlântida, e que eu não via há muito tempo.
O grupo que mais se destacou, o mais numeroso e alegre, foram os dos surfistas convocados pelo Neco Da Poian e por Manglio Bertoluci.


A Turma do Surf
No ambiente, as músicas da década de 1950 davam um toque especial. Foi um resgate do tempo.
Abaixo algumas fotos deste dia magnífico e especial para mim.

Beijos e Abraços a todos

Nélide C. B.


segunda-feira, 11 de julho de 2011

Praia de Atlântida

Plataforma da Praia de Atlântida

No inicio, os frequentadores de Atlântida formavam uma grande familia.
Famílias alemãs, italianas, árabes, portuguesas, judias e  outras tantas nacionalidades se misturavam para assim formar uma só. Eram todas pioneiras, que acreditaram no empreendimento e fizeram a praia crescer.
Minhas postagens seguintes vão apresentar exatamente isso, uma viagem através dos anos trazendo fatos e fotos da Praia de Atlântida. 


Verão de 54, em frente ao Mirante

O grupo de "brotos" de Atlântida, garotas das familias Bopp, Caprio, Buchabqui, Menezes, Casacurta, Casaccia, Katz, Só Gonçalves Haesbaert entre outras, faziam em frente ao Mirante (hoje Bar do Tato) o seu point.


Hoje as famílias, points e brotos se multiplicaram, fazendo de Atlântida uma das Praias mais charmosas do Brasil.





O livro ATLÂNTIDA 60 anos, vai ser apresentado em Porto Alegre, em agosto em data a ser marcada, na Associação Leopoldina Juvenil onde acontecerá uma tarde de autógrafos. Aguardem!

Abraços a Todos

Nélide Casaccia Bertoluci